As Legaltechs são empresas inovadoras que aliam tecnologia e direito no desenvolvimento de soluções para o mercado jurídico. Confira neste artigo como essas startups têm mudado as relações jurídicas e qual o papel da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs – AB2L neste cenário.
O que são e como atuam as Legaltechs
As Legaltechs (ou Lawtechs) preenchem o espaço aberto pela evolução da informação e, principalmente, os avanços tecnológicos. O princípio básico é gerar eficiência às interações jurídicas por meio de plataformas inteligentes, aplicativos e softwares. O impacto dessas ferramentas desenvolvidas pelas startups tem reflexo direto no modo como as pessoas passam a se conectar com o Direito.
Ao formatar ideias que reduzem tempo, custos e acesso à informação jurídica, as Legaltech delineiam um novo conceito para o exercício da atividade. O processo passa a ser mais dinâmico e eficiente. A proposta dessas empresas inovadoras não é apenas modernizar e facilitar o acesso dos serviços jurídicos às pessoas físicas e empresas, mas também mudar a rotina dos profissionais de Direito.
Acompanhando um movimento global, as startups têm mostrado como a tecnologia pode ser uma aliada ao modificar a lógica de trabalho nas áreas mais diversas. Mas qual o principal papel desta tecnologia? A resposta rápida e tangente deste modelo de negócio é, com certeza, o ganho de eficiência.
Direito e Tecnologia: como as Legaltechs unem esses dois níveis de informação
Como já mencionado, as startups geram respostas rápidas e eficientes para as diferentes áreas da esfera legal. Em suma, o principal papel das Legaltechs é empregar a inovação tecnológica em produtos e serviços e tornar os procedimentos jurídicos mais dinâmicos. Mas qual o conceito superado? Essas ferramentas inteligentes premiam os advogados com um novo clima organizacional, ou seja, focado em gestão e planejamento, além de estabelecer novos padrões de relacionamentos com os seus clientes.
A atuação das Legaltechs no setor jurídico percorrem diferentes caminhos de inovação e gestão de conhecimento ao estabelecimento de canais com objetivos específicos de automatizar o segmento. As áreas que tem mais destaque são: a automação e gestão de documentos jurídicos; gestão de departamentos jurídicos e escritórios; bases de dados para pesquisas jurídicas; plataformas de conexão entre clientes e advogados; ferramentas para a realização de atividades jurídicas sem o intermédio de advogados e e-Discovery.
A missão e objetivo da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs
A Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs – AB2L tem como missão fortalecer o setor dessas empresas inovadoras. Lançada oficialmente em julho deste ano, a ABL2 foi criada com o objetivo de apoiar e representar o segmento. A entidade já conta com 30 membros associados.
A associação, além de organizar o setor, promove e amplia o debate sobre o segmento ao reunir os protagonistas do processo em torno de seus principais interesses. A AB2L também permite mensurar a atuação e dimensionar a evolução tecnológica dessas empresas. A visão compartilhada dos desafios enfrentados por este modelo de negócios possibilita as Legaltechs atuar em conjunto.
A AB2L propicia aos seus membros buscar um maior entendimento junto aos órgãos protetivos e reguladores, como a OAB. As empresas associadas podem estabelecer ações conjuntas para lidar com as dificuldades que impedem o desenvolvimento pleno das Legaltechs. A entidade também aproxima seus associados do seu público alvo ao oferecer um espaço para a troca e evolução da informação.
Uma pesquisa realizada pela AB2L com o intuito de avaliar o setor aponta que 62% dos escritórios de advocacia buscam serviços customizados. Este cenário mostra que os profissionais da área jurídica ainda precisam de um entendimento maior sobre essas plataformas que trabalham com soluções escaláveis.
Ou seja, é preciso buscar este entendimento para se apropriar dessas ferramentas tecnológicas com objetividade e se adequar ou, mesmo, reagir às mudanças. Neste contexto, a associação também poderá aproximar as startups deste público e estabelecer um clima favorável para fomentar e gerar novas ideais. A pesquisa também apurou que 88% das empresas entrevistadas consideram fundamental a implantação de tecnologia nos escritórios e companhias de Direito.
O impacto das Legaltechs nas interações jurídicas
As Legaltechs estão delineando um novo cenário para o mercado jurídico. Essas empresas em plena aceleração propõem novas nuances para a atuação dos profissionais de Direito. Observa-se uma crescente contribuição das Legaltechs na melhoria e gestão de serviços advocatícios, automatização de tribunais, entre outras demandas.
A esfera jurídica é ampla e complexa e apresenta-se muitas vezes ineficiente e pouco ponderável no que tange aos custos e agilidade. As Legaltechs têm se destacado por alterar essa dinâmica ao conectar pessoas ao Direito e democratizar o acesso à justiça.
Há muito tempo se sabe que a única coisa constante na vida é a mudança. E a velocidade com que ela acontece nas empresas mostra que a realidade é uma só: é preciso aprender a reagir com rapidez. É importante salientar que, sem dúvida alguma, assim como em outras áreas em que a tecnologia uniu inovação e informação específica de um setor o foco de atuação mudou.
A adoção de novas tecnologias desencadeiam novos processos organizacionais, novas posturas e canais de relacionamentos. De fato, as interações jurídicas também serão impactadas pelas Legaltechs. Mas, a partir do ponto de vista destas empresas, estas mudanças estimulam e beneficiam todo o setor jurídico.
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