O que os advogados devem saber sobre inteligência artificial?
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O que os advogados devem saber sobre a Inteligência Artificial?

Cada vez mais as soluções jurídicas incorporam a Inteligência Artificial e apontam que a esfera jurídica mudou.

Inteligência Artificial: a tecnologia eleita

Sem dúvidas, tecnologias como a Inteligência Artificial – IA – sigla em português – ou AI – sigla em inglês para Artificial Intelligence tem permitido inúmeras transformações ao setor de direito.

Paralelo a essas mudanças cada vez mais perceptíveis por todos os atores do ecossistema, existem inúmeras reflexões de que como o direito será exercido no futuro.

De algum modo, uma grande maioria dos advogados ainda está em um processo de descoberta em busca de respostas de como essa tecnologia pode melhorar as práticas do direito.

Outros já encontraram a resposta e compreenderam que não existe um caminho alternativo para a profissão jurídica.

Ou seja, ou acompanham-se os avanços tecnológicos adotados por outros setores ou arrisca-se a perder competitividade.

De modo geral, as pessoas esperam que todas as áreas ou nichos de mercado usem tecnologias de ponta, visto que ninguém mais aceita enfrentar morosidade ou serviços ineficientes e de alto custo.

Portanto, a IA  é parte integrante desse processo. Na área jurídica, ela pode ajudar a padronizar e acelerar processos, reduzir erros e, ainda, preservar o conhecimento.

Por outro lado, todos esses benefícios podem ser oferecidos com um isso com um menor custo para os clientes, já que o trabalho rotineiro pode ser acelerado e executado com maior precisão usando as ferramentas de inteligência artificial.

Qual o papel da IA no século XXI para o direito?

Em resumo, as empresas que não adotam a IA terão dificuldades em competir, visto que os concorrentes estarão fornecendo um serviço mais rápido e melhor por muito menos.

Não restam dúvidas que a IA irá redefinir o papel dos advogados no século XXI, visto que tem se mostrado como uma tecnologia capaz de realizar pesquisas e documentar análises de forma rápida e barata.

Em um recente artigo publicado na Artificial Lawyers, intitulado de Cinco perguntas que os advogados devem fazer sobre a AI, Laura van Wyngaarden, Co-Fundadora e COO da empresa jurídica de IA, destaca a Inteligência Artificial como das tecnologias emergentes que mais trarão mudanças significativas.

A partir de uma abordagem inteligente,  a autora esclarece os méritos e riscos da IA, e traz uma reflexão bastante contundente sobre as responsabilidades dos advogados diante das novas tecnologias.

No primeiro tópico, a autora questiona: Os advogados têm a responsabilidade ética de alavancar a inteligência artificial na prática da advocacia?

“Os advogados são bem versados nas responsabilidades éticas de sua profissão, mas como fica a responsabilidade ética quando se trata de novas tecnologias, como aprendizado de máquina e IA?  – continua a autora.

Neste sentido, ela faz uma comparação com um profissional ligado à medicina. Por exemplo, se um cirurgião pode adotar as mais recentes ferramentas cirúrgicas e melhorar as chances de sobrevivência de um paciente, ele seria acusado de antiético se recusasse a aprender novas técnicas para aprimorar o seu trabalho e diminuir riscos.

Logo, se a tecnologia jurídica, baseada em IA, tem o poder de ajudar os advogados a realizar um trabalho jurídico mais rápido, mais completo e mais econômico, seria antiético não utilizá-la. 

Então, se é possível propiciar mais eficiência aos clientes da área jurídica, o advogado teria a responsabilidade de aplicá-la.

Já em um segundo momento, o artigo fala sobre as atribuições da tecnologia e seus riscos. De fato, como todos sabemos, toda e qualquer tecnologia disruptiva causa medos e dúvidas.

É comum, por exemplo, subestimar os riscos em processos com os quais já estamos familiarizados e superestimar os riscos envolvidos em fazer as coisas de novas maneiras.

Por exemplo, as ferramentas de revisão de contrato que utilizam a AI atualmente têm a capacidade de ajudar as equipes jurídicas a revisar minuciosamente conjuntos muito grandes de contratos.

Logo a combinação de advogados qualificados com as ferramentas certas podem criar uma redução de risco significativa e mensurável nas tarefas legais.

O aprendizado de máquina e o uso de contratos inteligentes

A IA tem se mostrado muito eficiente quando se trata de alavancar o aprendizado de máquina para ajudar os advogados a revisar e resumir os contratos.

Dessa forma, o tempo gasto pelos advogados em tarefas rotineiras já são vistos como uma prática considerada de certa forma ultrapassada.

Em outras palavras, o que pode ser realizado de maneira mais eficaz com a ajuda das ferramentas certas deve ser aplicado. Caso contrário, a insistência por práticas manuais e rotineiras podem ser vistas com mau uso de tempo e dinheiro.

Assim como o aprendizado de máquina, a IA continua traz avanços para significativos para a automação de contratos. 

Sem falar, nos contratos inteligentes que prometem negociações sem a interferência de terceiros e a implementação automática de termos contratuais. 

Sem dúvidas, a tecnologia será capaz de substituir a pesquisa, a produção de documentos, o gerenciamento de de processos.

Já a intuição, a perspicácia nos negócios e a capacidade de desenvolver relacionamentos deverão ser sempre o maior trunfo dos advogados.

O que se conclui é que os advogados poderão desempenhar um papel valioso para seus clientes no que tange ao aconselhamento e consultoria.

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